terça-feira, 30 de novembro de 2010

SABOTAGEMCHE13


             Há certos livros que leio que são como uma dose de impulso a minha inquietude contra as desigualdades sociais no mundo atual, e o livro PEDAGOGIA DA AUTONOMIA do PAULO FREIRE é um desses.
           NINGUÉM É SUJEITO DA AUTONOMIA DE NINGUÉM, com essa afirmação logo na capa do livro já podemos pensar que o autor deixará claro a importância da liberdade de cada homem ou mulher para seguir o seu caminho no mundo, não devendo a ninguém impor isso a eles.
           Mais do que dicas para um profesor realizar o seu trabalho na sala de aula com “respeito aos saberes dos alunos” o autor nos convida a repensar nossas atitudes no mundo, onde não é possível uma existência sem a preocupação com o fim das desigualdades sociais.O autor (PAULO FREIRE) com argumentos teóricos e de sua experiência na sala de aula ou com outros professores afirma o compromisso que temos de ficarmos do lado da solidariedade em prol da vida humana,”O discurso da acomodação ou de sua defesa, o discurso da exaltação do silêncio imposto de que resulta a imobilidade dos silenciados, o discurso do elogio da adaptação tornado como fado ou sina é um discurso negador da humanização de cuja a responsabilidade não posso nos eximir.”p76. ou nesse trecho onde fica claro a conscistência política do autor: “Recentemente, num encontro público, um jovem recém entrado na universidade me disse cortesemente: Não entendo como o senhor defende os sem-terra, no fundo, uns bardeneiros,criadores de problemas Respondi:.’Bardeneira” é a resistência reacionária de quem se opõe a ferro e a fogo à reforma agrária. A imoralidade e a desordem estão na manutenção de uma “ordem’ injusta.”p71
           É um livro com poucas páginas mas com um clamor enorme para lutarmos e termos uma atitude critica contra o fim de todas as atitudes que negam a vida humana.

TRECHOS DO LIVRO:

“Quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta a corporeidade do exemplo, pouco ou quase nada valem.Pensar certo é fazer certo.”

“A minha resposta à ofensa à educação é a luta política consciente.”

“Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer, da ética,quanto mais fora dela.Estar longe, ou pior, fora da ética, entre nós mulheres e homens, é uma transgresão.ensinar é formar uma ser dentro da ética e da moral humanizantes.

“Daí o meu tom de raiva, legítima raiva, que envolve o meu discurso quando me refiro às injustiças a que são submetidos os esfarrapados do mundo.”

“O meu ponto de vista é o dos “condenados da terra,” dos excluídos.”

“Aprender para nós é construir, reconstruir, constatar para mudar,o que não se faz sem a abertura ao risco e à aventura”



COMANDANTE :VALDERRAMA

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domingo, 28 de novembro de 2010

O COMEÇO DO DEBATE

DO site da BBC brasil

Fenômeno urbano

De acordo com o analista e consultor de segurança colombiano John Marulanda, os ataques registrados no Rio de Janeiro não podem ser comparados à violência que assola México e Colômbia.
"O fenômeno no Brasil é cíclico e urbano, concentrado em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo", diz Marulanda.
"Na Colômbia, a problemática envolveu áreas urbanas e rurais, e a ação de traficantes e guerrilheiros ocorreu no país inteiro e com conotação ideológica", acrescenta. Segundo o analista, o México é um "caso único", devido a sua proximidade com os Estados Unidos.
Já o jornalista e economista mexicano Carlos Loret de Mola, autor do livro sobre o narcotráfico El Negocio, os governos devem coordenar suas medidas entre as áreas econômica e de defesa para "acabar" com os recursos dos criminosos.
"Os países concentraram o combate na relação entre policiais e ladrões, mas ela vai além disso", diz.
O mexicano Ernesto López Portillo Vargas, do Instituto para a Segurança e a Democracia, reforça a tese de que a polícia sozinha não vai resolver a questão. "São necessárias medidas sociais que gerem oportunidades para os que moram nas áreas carentes, alvo fácil dos traficantes", avalia.
A Colômbia foi assolada por cartéis de drogas nos anos 1980 e 1990 e ainda sofre com a ação de guerrilhas como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) - que, segundo muitos especialistas, têm ligações próximas com o narcotráfico.
O México, por sua vez, vem sendo duramente castigado pela ação do narcotráfico, que deixou mais de 30 mil mortos nos últimos quatro anos em diversas cidades do país.

TETXTO COMPLETO NO SITE DA BBC BRASIL, mas esse trecho chama à atenção de nos focalizar no rpoblema da inclusão social e não na guerra entre estado e narcotraficantes.

VALDERRAMA


quinta-feira, 18 de novembro de 2010

SABOTAGEMCHE12


             Meus caros autores do "SABOTAGEMCHE" li a última Edição publicada por vocês e não poderia deixar de dar razão as palavras do autor, pois nós(POPULAÇÃO POBRE DO BRASIL) somos a todo momento vítimas de todo tipo de preconceitos: por ser nordestino, negro, morar na periferia, ter um tempo muito curto de acesso a escola... Enfim, por todos esses rótulos que nos são imputados através de uma visão equivocada e falta de conhecimento da Elite que se consideram os NOVOS DONOS DA VERDADE..

         Agora vou comentar um pouco sobre a minha experiência com o BUDISMO e a sua maneira de encarar todos os tipos de condições adversas que nos trazem infelicidade. Antes de tudo e sempre segundo o BUDISMO poderíamos analisar as barreiras que nos são impostas do ponto de vista do CARMA, onde todas as situações, boas ou ruins advém do amadurecimento do nosso CARMA que nos acompanha desde tempos do início de nossa jornada nesse mundo. O BUDISMO afirma também que quando causas e condições se reúnem em nossa vida temos que passar por essas situações que foram criadas por nós mesmos, sendo oportunidades para purificarmos nosso CARMA, se encaradas de forma serena e paciente.

       Outro ponto interessante que o BUDISMO nos chama atenção é para o fato de como enxergamos as coisas de uma maneira errônea, pois geralmente nossa visão está sempre acompanhada de uma ignorância que é uma das principais causas dos nossos problemas, seguida do apego aos bens materiais e da raiva. Estes alias são considerados os três venenos da mente. A raiva (por exemplo)em nossos dias é a principal causa de muitos infortúnios. Quando estamos dominados pela raiva, ficamos a mercê da nossa mente e cometemos muitos atos impensados, o que vem a gerar vários tipos de sofrimento para nós e para os outros.

Entendendo e estudando estes princípios básicos, aos poucos começaremos a sentir compaixão por todos os seres, sabendo que eles agem por ignorância e como escravos de sua mente, sem nenhuma escolha.

DICAS :

A tradição Kadampa como é conhecida foi trazida para o ocidente pelo Geshe Kelsang Gyatso.

Venerável Geshe Kelsang Gyatso é um mestre de meditação plenamente realizado e um professor de budismo de renome internacional.

Geshe-la, como é afetuosamente chamado por seus alunos, foi inicialmente responsável pelo reflorescimento do Budismo Kadampa em nossa época.Desde oito anos de idade, Geshe-la estudou em importantes universidades monásticas do Tibete e recebeu o título de ‘Geshe’, que significa literalmente ‘amigo espiritual’. Sob a orientação do seu Guia Espiritual, Trijang Rinpoche, ele então passou os próximos 18 anos em retiros de meditação nos Himalaias.

Em 1977, ele aceitou um convite para ensinar no Centro de Meditação Kadampa Manjushri na Inglaterra, onde passou a viver e a dar ensinamentos e orientações a um grupo crescente de discípulos. Anualmente, Geshe-la dá ensinamentos e iniciações nos Festivais Kadampa Internacionais, que são freqüentados por milhares de pessoas de todos os lugares do mundo. Ele publicou uma série notável de livros sobre budismo e meditação, desde livros introdutórios básicos até avançados textos filosóficos e manuais de meditação. Geshe-la estabeleceu três notáveis programas de estudo e 1100 , centros e grupos em todo o mundo, treinou centenas de professores qualificados e uma crescente comunidade ordenada, e criou um projeto para construir Templos Budistas nas maiores cidades do mundo.

Em seus ensinamentos, Geshe Kelsang enfatiza a importância da meditação e de sua aplicação na vida diária, a necessidade de ser verdadeiramente feliz e como cultivar um bom coração para ajudar os outros – e ele demonstra essas qualidades perfeitamente na sua própria vida.

Mais informações no site www.kadampa.org

AUTOR: Claudemilsom, EMAIL: vieira_dimas@yahoo.com.br



CONTATOS : leomedrado@yahoo.com.br www.twitter.com/@sabotagemche,


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

UMA IDEIA

O VERDADEIRO DESENVOLVIMENTO PARA A POPULAÇAO




           Falar em desenvolvimento pode a princípio ser uma tarefa fácil, porém, antes de continuar nessa tarefa, é necessário decidir a qual desenvolvimento estamos nos referindo, pois, segundo o dicionário AURÉLIO a palavra desenvolvimento significa; ato, processo ou efeito de desenvolver( -Se ). 2. Crescimento, progresso. Ficando claro que a idéia central da palavra desenvolvimento esta atrelada a crescimento, é comum ouvirmos das pessoas que cidade tal se desenvolveu; porque têm muitas indústrias, bastantes lojas, muitos carros e aumentou o seu PIB , mas não se questiona se todos tiveram acesso a todo esse desenvolvimento, por isso a necessidade de se debater sobre o verdadeiro desenvolvimento para a população.

       Mas é o professor da universidade federal do rio de janeiro Marcelo Lopes de Souza, que têm inúmeros trabalhos publicados na questão relacionada a pergunta: se desenvolvimento traz consigo qualidade de vida para a população inserida no local em que o mesmo ocorreu? Que traz uma grande contribuição para o debate sobre o verdadeiro desenvolvimento para a população.

          Para Souza(2000)desenvolvimento é quase sempre confundido com desenvolvimento econômico onde o que é importante é a capacidade de um país ou localidade produzir bens de capitais em detrimento de uma mudança para melhor das condições de sobrevivência da população ou seja uma melhoria na qualidade de vida da população local. Para ele desde a década de 50(2003) há uma preocupação com o desenvolvimento, porém, este é entendido como desenvolvimento econômico que visa somente à expansão dos lucros de uma elite, enquanto uma minoria vive a margem desse desenvolvimento, nas palavras do autor:


          O desenvolvimento, enquanto fenômeno social e entendido como um processo de mudança para melhor, pode ter seu conteúdo definido mediante metas como “melhoria da qualidade de vida”, “redução de iniqüidade”, “promoção do bem comum” ou outras, mas não simplesmente por meio de objetivo instrumentais como “crescer a uma taxa de 8% ao ano ou” diversificar o parque industrial. No entanto, sob a guarita de uma ideologia do desenvolvimento, (negrito do autor) ainda hoje hegemônica, privilegia-se, na conceituarão de desenvolvimento, exatamente sua dimensão econômica, levando a que se entronize um conceito que se define antes pelos meios, mediante os quais se pode aprimorar o modelo social capitalista, do que pelos fins que, de um ponto de vista social geral, deveriam nortear e dar continuidade à expressão mudança para melhor.(SOUZA, 2000, p19).


           O desenvolvimento da cidade ou desenvolvimento urbano também sofre a influência desse equivoco no qual há confusão do termo desenvolvimento sócio-espacial com desenvolvimento econômico, porém esse desenvolvimento econômico no meio urbano traz enormes problemas para a sua população, pois, ela fica a mercê da divisão das riquezas e sofre os maiores prejuízos que vão desde a ocupar as piores áreas no meio urbano, sofrer com a poluição e finalmente ser excluída do seu direito de ser tratada como um cidadão de direitos e deveres.

           Novamente quando se pensa em desenvolvimento, no caso da cidade; em desenvolvimento urbano(souza,2003), vem logo a idéia de um crescimento da cidade tanto horizontal como vertical, aumento do número de locais de lazer, a presença de shopping, grande presença crescente de indústrias e finalmente um aumento constante do PIB da cidade. Porém, segundo Souza(2003), esse crescimento da cidade, não significa o verdadeiro desenvolvimento urbano para a população, vejamos como ele argumenta:

         Só que... essa cidade é a mesma cidade onde o número de favelas aumenta vertiginosamente, onde as tensões recrudescem, onde a incorporação de novas áreas se deu, em grande parte, deixando um saldo ambiental negativo (destruição de manguezais, desmatamentos, aterros de lagunas...), onde a poluição (do ar, sonora, visual e hídrica ) vai se tornando, a cada dia, menos suportável, onde a renda está cada vez mais concentrada...(SOUZA,2003,p94 )

      Mas será que possamos sonhar que podia ser diferente, será que o atual pensamento da sociedade em sempre busca o lucro em detrimento de quem vive em condições precárias no sítio urbano. É possível que um dia os detentores do dinheiro e quem tem o poder de decisão lutarão para que se consolide um política privilegiadora do desenvolvimento urbano(Souza, 2003),aniquiladora das desigualdades sociais, uma política que garanta ao morador da cidade o direito a uma moradia digna, acesso a uma educação de qualidade inquestionável, uma saúde de acesso a todos, transporte acessível e de qualidade, liberdade de pensamento e de manifestar e adiquirir cultura e outros direitos pertencente ao cidadão, olhando ao nosso redor e realizando um trabalho histórico da sociedade podemos responder negativamente a essa questão, pois, a atual sociedade, que pode ser caracterizada como capitalista tem como principal ideal a luta incessante pelo lucro e a concentração de renda. E é novamente Souza (2003) que nos traz um argumento pertinente:

            Em uma sociedade capitalista, muito principalmente em uma país periférico ou semiperiférico, a riqueza material e cultural gerada é apropriada muito seletivamente, os impactos ambientais são de difícil domesticação e resultam de uma necessidade de produzir cada vez mais ( pois, sob o capitalismo, o crescimento econômico é um imperativo, e não crescer é, a longo prazo, fatal, para empresas assim para como para os países ) e a diversidade cultural e sócio-espacial é, com freqüência, vista antes como um estorvo pelas elites econômicas do que como um bem a preservar ( afinal, a diversidade cultural pode ser um obstáculo para a difusão de gostos padronizados, e a preservação da beleza cênica, da natureza e do patrimônio-arquitetônico, que pode ser considerada como útil para os interesses do próprio capital imobiliário no longo, pode ser um simples detalhe a ser conveniente ignorado no curto prazo).(Souza,2003,p94 )

             Se é difícil chegar a um verdadeiro desenvolvimento urbano(Souza, 2003), temos que ter em mente que o primeiro passo é gerar um debate em cima do problema em considerar somente o desenvolvimento econômico que consolida somente o lucro e a concentração de renda de uma elite. O debate não pode ser contra ao desenvolvimento econômico

COMANDANTE: VALDERRAMA