Movimento organizado no BRASIL revindicando seus direitos.
DO SITE: GI.COM.BR
Movimento estudantil promete continuar manifestações nesta sexta.
Ônibus voltam a circular sob esquema de segurança da Polícia Militar.
Estudantes depredaram e queimaram ônibus em cinco dias de protestos contra o aumento das tarifas em Teresina. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut), foram 30 ônibus depredados e um incendiado desde que os protestos tiveram início na segunda-feira. O preço aumentou no sábado, de R$ 1,90 para R$ 2,10.
“Os protestos vão continuar”, afirma Leonardo Maia, estudante de comunicação da Universidade Estadual do Piauí e membro da Assembleia Nacional dos Estudantes Livre, que participa dos protestos desde o início.
Segundo o sindicato, as operações foram suspensas nesta quinta por questão de segurança. Nesta sexta, os ônibus circulam sob esquema de segurança da Polícia Militar. Em Teresina, circulam 500 ônibus, que transportam cerca de 250 mil passageiros por dia.
“O que a gente quer é um transporte público de qualidade. Tentamos negociar desde junho. Essa é a consequência da posição da prefeitura”, afirma o estudante sobre os ônibus depredados. “Eles preferem mandar policiais para bater em jovens, preferem ter ônibus queimados e apedrejados do que dialogar com a população. Não dá para criminalizar a população, que está dando um grito de basta contra essa situação.”
Ao longo da semana, de acordo com a Polícia Militar, os estudantes fecharam vias e, no primeiro dia de protesto, seis chegaram a ser detidos e liberados em seguida.
A Superintendência de Trânsito (Strans) da Prefeitura de Teresina informou que o aumento é irreversível e já foi decidido com base em estudos junto aos setores envolvidos. Os estudantes reclamam dos ônibus sucateados, ausência de passe livre, falta de integração e linhas reduzidas.
O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina (Setut) publicou comunicado no qual afirma que o aumento de 10% “se deve à majoração dos custos de operação como reajustes de salários e de óleo diesel, além do aumento do percurso com a assistência a novos bairros, em regiões mais distantes”.
Ainda segundo o comunicado, “o impacto desses custos poderia ser diminuído caso houvesse um subsídio do poder público pelo barateamento da tarifa, como ocorre em outras capitais”. “Em Teresina, quem banca as gratuidades de diversas categorias profissionais e a meia-passagem dos estudantes é o passageiro pagante”, diz a nota. “Só políticas publicas de priorizar o transporte coletivo podem garantir um equilíbrio entre os custos do sistema e o valor pago pelo usuário.”
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