segunda-feira, 10 de dezembro de 2012



  ALGUMAS PALAVRAS, APENAS ISSO.

             Vivemos um momento no Brasil e por que não dizer no mundo uma situação onde não é possível sentir uma esquerda ou movimento de pessoas lutando por um mundo melhor e mais igual para todos, digo isso com a ressalva, pois há sim pessoas acreditando numa revolução social, porém sinto ser algo mais raro de se ver nos dias de hoje. Não saberia dizer qual o motivo da minha, diria, pouca crença que as pessoas no mundo contemporâneo lutam em prol da maioria, não sei se é pela falta de uma juventude mais comprometida por um mundo melhor em vez de pensarem apenas em arrumarem uma emprego com um salário alto para que a mesma adquira os últimos lançamentos de uma tecnologia cara e alienante ou se é por causa da maioria dos políticos ditos de esquerda que conseguiram chegar ao poder seja no Brasil ou em outros lugares do mundo que fizeram pouco daquilo que se poderia esperar de um político de esquerda e por que não dizer revolucionário.
        Com isso não quero dizer que chegamos no dias de hoje a uma total inércia da pessoas contra a opressão da elite rica, prefiro acreditar na palavras de autores como o professor MILTON SANTOS ou o mestre PAULO FREIRE, por exemplo, onde os mesmos afirmam que as pessoas tendem com o passar do tempo e de opressão a lutarem em prol do bem comum da maioria e que a união é só questão de tempo, noto isso no caso da PRIMAVERA ÁRABE, onde estudantes e a população reunida em vários países daquela região se levantaram contra governos ditatoriais e estão conseguindo tirar do poder governos opressores que há décadas governavam com total descaso em relação as questões sociais, outro exemplo é a população da GRÉCIA, reunida contra políticas de austeridades econômicas que visam apenas resguardar compromissos com órgãos financeiros como o FMI ( FUNDO MONENTÁRIO INTERNACIONAL ), protestaram na ruas demonstrando sua insatisfação e a união da população oprimida, esses exemplos me deixa muito contente e confiante num mundo melhor, ver o povo reunido nesses casos lutando não por um ideal vazio, mas por um mundo melhor e mais igual para todos é uma luz nesse mundo onde a ignorância e a falta de ideais revolucionários parecem reinar. Seriam esses casos, exemplos que contradizem minha descrença na revolução social e de que não sou um "louco anacrônico” seguidor dos antigos, mais relevantes ideais de ERNESTO CHE GUEVARRA?
       O título desse texto afirma que seriam apenas algumas palavras, mas acabou sendo um pouco de desabafo de quem ver o mundo com um olhar crítico e sofre pelos irmãos desse mundo desigual, também não sou um revolucionário, mas um observador atento que usa do debate sua arma maior contra a opressão, e esse texto é uma pequena chama para um debate maior. Que venha então a revolução, vamos torcer para que as pessoas vejam e lutam por um mundo melhor para todos. Cada um da sua maneira pode contribuir para um mundo melhor para todos, o que não podemos é ter um mundo onde cada um se preocupa apenas com as coisas materiais e se esquecem da maioria, ISSO É A MINHA OPINIÃO E NO QUE EU ACREDITO.
@sabotagemche
        

terça-feira, 2 de outubro de 2012


Uma pequena Homenagem do nosso Panfleto para um dos grandes pensadores desse nosso mundo desigual, ele vai fazer falta.


A lição de método de Marx e o legado de Hobsbawm

     Paul Valéry, no início de sua “Introdução ao Método de Leonardo da Vinci”, disse que “o que fica de um homem é o que nos leva a pensar seu nome e as obras que fazem desse nome um signo de admiração, de ódio ou de indiferença”. A obra de Eric Hobsbawm é um signo de admiração e de lições para o século XXI. Em um de seus últimos trabalhos, reafirmou sua confiança política e metodológica na obra de Marx: “o liberalismo econômico e o liberalismo político, sozinhos ou combinados, não conseguem oferecer uma solução para os problemas do século XX. Mais uma vez chegou a hora de levar Marx a sério”.
Em um de seus últimos trabalhos publicados no Brasil (Como Mudar o Mundo – Marx e o Marxismo. Companhia das Letras, 2011), Eric Hobsbawm conta a seguinte história para falar da força e da atualidade do pensamento de Marx:

“No Cemitério Highgate estão sepultados dois pensadores do século XIX – Karl Marx e Herbert Spencer – e, curiosamente, da tumba de um se avista o outro. Quando ambos eram vivos, Herbert era considerado o Aristóteles da época, enquanto Karl era um sujeito que morava nas ladeiras mais baixas de Hampstead à custa do dinheiro do amigo [Engels]. Hoje ninguém sabe que Spencer está sepultado ali, enquanto peregrinos idosos, vindos do Japão e da Índia, visitam o túmulo de Karl Marx, e comunistas exilados iranianos e iraquianos fazem questão de ser enterrados à sua sombra” (Como Mudar o Mundo – Marx e o Marxismo, p. 14).

Marx foi um autor que acompanhou a vida e a obra do historiador inglês, que morreu na manhã desta segunda-feira (1º), aos 95 anos. O livro citado acima é uma coletânea de textos que Hobsbawm escreveu sobre o assunto entre 1956 e 2009, “um estudo sobre a evolução e o impacto póstumo do pensamento de Karl Marx (e de seu amigo inseparável Friedrich Engels)”, como ele próprio define. Nesta obra, o historiador defende uma tese central: “Marx é hoje, mais uma vez, e com toda justiça, um pensador para o século XXI”. Como uma das melhores formas de homenagear alguém que partiu é manter acesa a memória das obras de uma vida, cabe falar um pouco sobre essa tese que sintetiza uma parte importante das preocupações e compromissos desse historiador extraordinário.

Paradoxalmente, observou Hobsbawm, quem “redescobriu” Marx foram os capitalistas e não os socialistas. O ano de 1998 foi emblemático neste processo. Neste ano, comemorou-se o sesquicentenário do Manifesto Comunista. A data coincidiu, ironicamente, com o início de uma forte turbulência na economia internacional. Hobsbawm relata que ficou espantado quando, num almoço mais ou menos na virada do século, George Soros perguntou o que ele achava de Marx: “Por saber o quanto nossas ideias eram divergentes, preferi evitar uma discussão e dei uma resposta ambígua. Esse homem, disse Soros, descobriu uma coisa com relação ao capitalismo, há 150 anos, em que devemos prestar atenção”.

Alguns depois, em 2008, o jornal londrino Financial Times estampou em sua manchete: “Capitalismo em convulsão”. “Não podia mais haver dúvida de que Marx estava de volta aos refletores. Enquanto o capitalismo mundial estiver passando por sua mais grave crise desde o começo da década de 1930, será improvável que Marx saia de cena. Por outro lado, o Marx do século XXI será, com certeza, bem diferente do Marx do século XX”, advertiu Hobsbwam. Quais seriam essas diferenças?

O Marx do século XXI
A resposta a essa pergunta está intimamente ligada ao diagnóstico sobre quais aspectos da análise de Marx continuam válidos e relevantes. O historiador inglês destaca dois deles: (i) a análise da dinâmica global do desenvolvimento econômico capitalista e de sua capacidade de destruir tudo o que se antepuser a ele; (ii) a análise do mecanismo de crescimento capitalista, por meio da geração de contradições internas, levando a crises sucessivas e a uma crescente concentração econômica numa economia cada vez mais globalizada.

E a força dessas análises reside, em larga medida, no método empregado por Marx, um método que rejeita a ideia de modelo e procura pensar o mundo como um todo. Não se trata de um pensamento interdisciplinar no sentido convencional, assinala Hobsbwam, mas de um pensamento que integra todas as disciplinas, abordando os fenômenos sociais a partir de distintos pontos de vista: econômicos, políticos, científicos e filosóficos. “Não podemos prever as soluções dos problemas com que se defronta o mundo no século XXI, mas, quem quiser solucioná-los, deverá fazer as perguntas de Marx, mesmo que não queira aceitar as respostas dadas por seus vários discípulos”, defende o historiador.

Marx tem, pois, uma lição metodológica que é, de diferentes modos, destacada por Hobsbawm. No método de Marx, não há lugar para determinismos, dogmas ou modelos pré-concebidos que possam ser aplicados mecanicamente a qualquer momento histórico. E esses pressupostos foram assumidos também por Hobsbawm em seu trabalho como historiador. No final do artigo “Marx e o trabalhismo: o longo século” (op.cit. pp. 358-375), ele reflete sobre os fracassos do século XX, os problemas do século XXI, reafirmando sua confiança no método de análise de Marx:

“Paradoxalmente, ambos os lados têm interesse em voltar a um importante pensador cuja essência é a crítica do capitalismo e dos economistas que não perceberam aonde levaria a globalização capitalista, como ele previra em 1848. Mais uma vez é óbvio que as operações do sistema econômico devem ser analisadas tanto historicamente, como uma fase da história, e não como seu fim, quanto de forma realista, isto é, em termos não de um equilíbrio de mercado ideal, e sim de um mecanismo integrado que gera crises periódicas capazes de transformar o sistema.” (op.cit. p.375)

Para Hobsbawm, a crise atual mostra que o “mercado” não tem nenhuma resposta para o “principal problema com que se defronta o século XXI”: “o fato de que o crescimento econômico ilimitado e cada vez mais tecnológico, em busca de lucros insustentáveis, produz riqueza global, mas às custas de um fator de produção cada vez mais dispensável, o trabalho humano, e, talvez convenha acrescentar, dos recursos naturais do planeta”. O historiador conclui: “O liberalismo econômico e o liberalismo político, sozinhos ou combinados, não conseguem oferecer uma solução para os problemas do século XX. Mais uma vez chegou a hora de levar Marx a sério”.

O que fica de um homem?
Paul Valéry, no início de sua formidável “Introdução ao Método de Leonardo da Vinci” (publicado no Brasil pela editora 34), disse que “o que fica de um homem é o que nos leva a pensar seu nome e as obras que fazem desse nome um signo de admiração, de ódio ou de indiferença. Pensamos que ele pensou, e podemos reencontrar entre suas obras esse pensamento que lhe é dado por nós: podemos refazer esse pensamento à imagem do nosso”.

A longa, profícua e aguda obra de Hobsbwam está aí para que nós melhoremos o nosso próprio pensamento sobre a nossa história e, sobretudo, sobre os desafios que o presente desfia a nossa frente. Não há fim da história, o mercado não é um deus e os homens e mulheres seguem lutando para sobreviver e levar a humanidade a um patamar melhor do que o que está aí. As palavras, as reflexões e a vida de Eric Hobsbwam seguirão a nossa disposição para deixar esse caminho um pouco menos sombrio.

quinta-feira, 24 de maio de 2012



SABOTAGEMCHE2
http://valderramaleo.blogspot.com


        Há um grande número de pessoas hoje em dia que não acreditam mais em uma revolução que acabe com a grande desigualdade de renda no Brasil. Há vários motivos usados como argumento para defender a impossibilidade de reverter à situação atual no Brasil, onde há muito dinheiro e poder nas mãos de poucas pessoas, enquanto outras passam até fome.

        Não se pode ficar com raiva dessas pessoas e nem as condenarem, pois se analisarmos a situação política e social do Brasil podemos até ficar com certa dúvida sobre se haverá ou não uma revolução social, onde haja uma maior distribuição de renda na sociedade. Entre os fatores de desânimo e descrença, podemos citar a corrupção dos políticos que além de ganharem um salário alto e com muitas regalais ainda roubam o dinheiro público e não sofrem nenhuma penalidade, todo ano a imprensa noticia um caso de corrupção na nossa política, onde se inicia uma CPI que não condena ninguém, pois quem compõe a CPI são sempre os mesmos Políticos que outrora foram acusados de alguma corrupção. Há ainda a gastança e a festa da elite rica do Brasil que gastam seu dinheiro com coisas supérfluas sem se comoverem com a constatação de que há pessoas passando até fome no Brasil. A solução para acabarem com essas “mazelas” na nossa sociedade é muito complicado de se afirmar qual é, o voto defendido por muitos como a solução, há muito deixou de ser um meio de acabar com a corrupção, pois o sistema é controlado pela elite aliada dos políticos. Confesso que não sei qual é a solução.

       Então podemos dizer que o fim da desigualdade social e da corrupção dos políticos que roubam o dinheiro público é uma ilusão e algo que nunca iremos alcançar? A resposta para essa pergunta pode até parecer a princípio que sim, pois no Brasil os políticos corruptos não são condenados e estão soltos com mandatos políticos seja em Brasília, prefeituras ou câmaras legislativas do território Brasileiro, porém, devemos acreditar que é possível uma mudança da nossa sociedade, onde os políticos e seus aliados que roubam o dinheiro público são condenados a prisão e a devolver o dinheiro público. Como isso vai acontecer, confesso não ter a resposta, sei apenas que devemos acreditar na mudança ou então estaremos condenados a um futuro trágico, algo como um suicídio. Se não acreditarmos no fundo do coração que é possível uma reviravolta no processo atual de concentração de renda e da corrupção dos nossos políticos, a nossa vida será em vão e triste, pois quem não sonha com um mundo melhor para todos pode ser considerado também um assassino, ou seja, quem não faz nada para mudar também compactua com o roubo do dinheiro público.


CONTATO: leomedrado@yahoo.com.br e WWW.twitter.com/@sabotagemche

DICAS: Como leitura no cotidiano e como uma fase de introdução aos assuntos ligados a GEOOGRAFIA a as questões da sociedade do BRASIL e do mundo indicamos a revista Conhecimento Prático, GEOGRAFIA, da editora ESCALA EDUCACIONAL, uma leitura básica que pode nos levar ao questionamento e a uma pesquisa mais séria sobre O ESPAÇO GEOGRÁFICO



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

PROTESTO!!!!!!!!!!


Em vários momentos nesse mundo, as ações da elite que tem poder das decisões nos fazem acreditar que e igualdade de renda será impossível. Mas protestos como esse ainda me levam a sonhar com um mundo mais igual, fico contente com isso.

Valderrama

Do site da revista CARTA CAPITAL.

BUDAPESTE (AFP) – Dezenas de milhares de pessoas protestaram nesta segunda-feira, em Budapeste, contra a nova Constituição húngara, que julgam ameaçar a democracia, enquanto o governo comemorou sua entrada em vigor com uma cerimônia.
       Os organizadores do protesto, convocado com o lema “Haverá uma república outra vez”, informaram que quase 100.000 pessoas se concentraram no fim da tarde em uma das principais vias da capital húngara.
     O lema da manifestação faz alusão a uma das disposições da nova Constituição, que entrou em vigor em 1º de janeiro e que substitui a “República da Hungria” por “Hungria”.
      O partido socialista MSZP, o partido verde de esquerda LMP e o novo partido DK, do ex-premier socialista Ferenc Gyurcsany, participaram do protesto.
    Os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o governo do premier Viktor Orban e exibiram cartazes com a inscrição: “Chega!”, “Ditadura Orban”, “Orbanização”.
     Paralelamente, os membros do governo e o presidente Pal Schmitt chegavam à Ópera de Budapeste para uma cerimônia pela entrada em vigor da nova Constituição.
        “Viktor Orban e seus seguidores fizeram a Hungria passar de um lugar promissor ao lugar mais sombrio da Europa”, comentou, no começo da manifestação, o deputado socialista Tibor Szanyi, que pediu à população para “se livrar da ditadura de Orban”.
     A nova Constituição, aprovada em abril pela maioria de dois terços do partido Fidesz, de Orban, no Parlamento, despertou críticas da União Europeia e dos Estados Unidos, bem como a Anistia Internacional.
      Para os críticos do texto, a nova Constituição limita os poderes da Corte Constitucional, ameaça o pluralismo da imprensa e põe fim à independência da justiça.